quinta-feira, 6 de agosto de 2009









Chuva, chuvarada


Estrutura atômica semitriangular, constituída por 2 hidrogênios e 1 oxigênio, molécula polar definida assim como solvente universal que constitui cerca de 70% a 75% do corpo humano e de estruturas vegetais.

Condensa-se sobre nossas cabeças e despeja sua força sem nem ao menos perguntar se desejamos a sua ilustre presença entre nós.

Enquanto em terras mal vistas por olhos que desconhecem tal paisagem, clama por tal condensação, sedenta por nuvens, estas das quais apaixonei-me deste de minha remota infância perdida entre lembranças frias que gelam junto ao luar desta noite escura.

Nuvens que correm soltas, que bailam entre pássaros e regam as flores. Nuvens que rolam no rosto da criança que não as vê desde muito tempo, já que a sua terra sedenta está e clama por ela.

Da janela do carro, que corre rasgando o vento, vejo-as, claras e negras nuvens, umas mais fofas, outras espaçadas, como se esparramassem junto ao azul claro do céu. Corto-as com um golpe de pensamento infame que ultrapassa minha mente. Corro, olho e só sei que não as vejo mais. Penso no orvalho que agora se deita sobre mim, gélida me encontro. Sozinha, fria, triste e molhada.

Sim...houve a suprema e tão esperada precipitação, que agora rega e acalma a terra rachada e faz germinar o que a muito não se via aqui...

2 comentários:

  1. O primeiro parágrafo é tão quimico...hehehehehe...

    mas gostei do texto!

    beijoos

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  2. A intenção inicial era a do primeiro parágrafo, mas fui tomada por algo superior que resultou nisso.

    Coisas inesplicáveis da vida...

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